TIMBÓ (Paullinia pinnata, Paullinia africana, Paullinia imberbis, Paullinia senegalensis, Paullinia uvata, Paullinia timbo, Serjania curassavica)

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Pétrick Gouvêa
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Foto: Marco Schmidt

Família: Sapindáceas.

Nomes populares: Guaratimbó, timbosipo, cururu-apé, mafone, mafome, mata-fome (Maranhão), cipó-timbó, timbó-cipó, cipó-cumaru-apé, cipó-cruapé-vermelho, timbó-de-peixe.

Outro idioma: Liane carrée (Guiana Francesa).

Características: Cipó de haste flexível e pegajosa, quadrangular, com galhos finos e levemente empubescidos. Folhas grandes, pinadas, com folíolos ovais. Pecíolo alado. Florezinhas brancas, em espigas axilares. O fruto é uma cápsula piriforme, algo angulosa.

Aplicação: É uma planta venenosa. Não recomendamos seu uso interno.

Paul Le Cointe, entretanto, dá a seguinte indicação:

“Sedativo e narcótico, calmante do sistema nervoso (extrato e tintura), usado contra as afecções do fígado e do baço, e contra as gastralgias. Folhas emolientes… A casca, principalmente da cepa, e as sementes, são acres, narcóticas e venenosas.”

Meira Pena informa:

“A raiz de timbó goza de grande reputação como resolutivo, nas inflamações do fígado, aplicado externamente.

“O fruto, as cascas e as folhas são narcótico-acres.

“Os indígenas do Pará empregam-no contra a hipocondria, a alienação mental, etc…

“Vários médicos aconselharam a Paullinia, em cataplasmas, nos enfartes dolorosos do fígado.

“O Dr. Ferraria acha a Paullinia pinnata medicamento de grande valor e que deve ser aproveitado para vários casos.

“Os homeopatas, depois de trabalhos de Mure, indicam a Paullinia nos seguintes casos: cefalalgias, constipação do ventre, opressão do peito, tosse, histeria, ovarite, cólicas uterinas, nevralgias, enxaqueca.”

Externamente, aplicam-se os vários timbós, em forma de compressas, loções ou fricções, para acalmar dores, mesmo de origem reumática. Toma-se um punhado (uns 50 gramas) de raízes ou folhas, picam-se ou machucam-se, e deitam-se num litro de água. Deixa-se ferver até que se evapore a metade da água. E pronto está o poderoso analgésico.

Referências:

BALBACH, Alfons. A flora nacional na medicina doméstica, vol.2. São Paulo: Edições Vida Plena, 11ª edição, pp. 817-818.

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