
Família: Leguminosas-cesalpiniáceas.
Nomes populares: Jataí (Sul), Jataí-açu (Óbidos), jutaí-açu, jutaici, jataíba, aboti-timbaí.
Outros idiomas: Cacachiên, Simiri, Courbaril (Guiana Francesa), Locust-tree (Estados Unidos), Algarroba (Venezuela).
Características: Árvore grande, copada. Folhas alternas, pecioladas, compostas de dois folíolos ovais, lanceolados. Flores miúdas. Inflorescência panicular. Fruto: vagem de aproximadamente 24 cm de comprimento, contendo 4 a 5 sementes. A polpa do fruto é seca, farinhosa, adocicada, enjoativa, porém comestível.
O jatobá dá uma resina, a jutaicida, ou copal da América, que se emprega na fabricação de vernizes
Habitat: Na mata de terra firme, em solo argiloso.
Aplicação: A casca preparada por decocção, e a resina que se obtém fazendo um corte no tronco, são adstringentes, peitorais, vermífugos, estomáquicos.
Para a cistite, aguda ou crônica, o chá que se obtém pelo cozimento da casca (20:1000) é um bom remédio. Para a prostatite também é um grande medicamento. Emprega-se igualmente no tratamento da blenorragia.
A seiva, que se obtém perfurando o tronco na base, é utilizada nos casos de cistite aguda ou crônica, disúria, anúria, prostatite, blenorragia, e, misturada com mel (uma colher de duas em duas horas), presta bons serviços como remédio contra a bronquite.
A seiva é, além disso, tônica e aperiente.
Em caso de dores várias aplica-se a resina em forma de unguento (para fomentação) ou emplastro sobre as partes doloridas.
A resina em mistura com mel, ou a casca, em decocção, combate a tosse eficazmente.
A resina em pó tem aplicação contra as hemoptises.
Partes usadas: Resina e casca.
Referências:
BALBACH, Alfons. A flora nacional na medicina doméstica, vol.2. São Paulo: Edições Vida Plena, 11ª edição, pp. 672-674.