Família: Leguminosas-cesalpiniáceas.
Nomes populares: A planta a que no Sul do País chamam fedegoso, é a que no Norte e no Nordeste conhecem como mata-pasto, mamangá, manjerioba (Ceará), pau-manijerioba, pajamarioba (Óbidos), paramarioba (Monte Alegre), folha-de-pagé, lava-pratos, ibixuna, tararaçu, tararucu, tararubu, fedegoso-do-rio.
Características: Arbusto pequeno. Caule cilíndrico, ramoso e ascendente. Folhas enrugadas, quase romboidais. Flores tubulosas, cor de lírio ou de violeta. Fruto: uma espécie de noz, contendo caroços redondos em uma vagem cor de chocolate.
Aplicação: O dicionário de Laudelino Freire dá: “Arbusto cuja raiz é amarga, considerada como antídoto de vários venenos e como preventivo contra febres palustre, tendo as folhas e sementes largo emprego na medicina.”
As folhas (10 gramas em uma xícara de água, em infusão), são purgativas e emenagogas. A casca da raiz (4 gramas em uma xícara de água fervendo) é fortemente diurética. Usa-se (10 gramas em 1 litro de água: um gole de duas em duas horas) para combater a hidropisia e as moléstias do figado. O decocto da raiz (10 gramas em 1 litro de água; uma xícara) age como antelmíntico enérgico. O decocto da casca (20 gramas em 1 litro de água; duas xícaras) constitui bom febrífugo. As mulheres. grávidas não devem usar esta planta, pois pode provocar aborto.
“A pessoa achacada da erisipela, quando sentir os sintomas da invasão da moléstia, deve tomar uma gota de Cassia medica (fedegoso) em uma colher de água repetindo esta dose de meia em meia hora, até o desaparecimento do mal. Quando com o emprego da Cassia medica não se conseguir fazer abortar o ataque, ao menos conseguir-se-á que este seja brando. Alguns doentes têm tirado do uso deste medicamento resultados maravilhosos, curando-se da moléstia tão rebelde.” — Notas Sobre Plantas Brasileiras, pág. 79.
As folhas também podem aplicar-se topicamente, em forma de cataplasmas, para combater as impigens e inflamações.
Partes usadas: Folhas, casca e raiz.
Referências:
BALBACH, Alfons. A flora nacional na medicina doméstica, vol.2. São Paulo: Edições Vida Plena, 11ª edição, pp. 628-629.