ESPINHEIRA-SANTA (Maytenus ilicifolia)

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Pétrick Gouvêa
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Foto: CostaPPPR

Família: Celastráceas.

Nomes populares: Espinheira-divina, salva-vidas, sombra-de-touro, cancrosa, cancerosa, maiteno, limãozinho. Cuidado: também há um limãozinho (Machaeonia spinosa) na família das Rubiáceas.

Característica: Árvore pequena, de folhas espinhosas.

Aplicação: Entre as Celastráceas, diz João Siegfried Decker, “salienta-se o Maytenus ilicifolius, cujas folhas espinhosas fornecem um chá de grande aplicação.”

  1. C. Hoehne afirma que, das Celastráceas, “melhor representado aqui é o gênero Maytenus, de que, conforme dito, vem a Espinheira-santa, que se emprega com certo resultado contra a hiperacidez e ulcerações do estômago, graças às suas propriedades tônicas e balsâmicas.” |

“O efeito terapêutico do Maytenus”, ensina o Dr. J. Monteiro da Silva, “manifesta-se não somente no estômago, combatendo as dispepsias, gastralgias hiperclorídicas, etc., mas também no intestino, evitando as fermentações e a formação de gases intestinais.

“Exercendo uma ação analgésica, o Maytenus tem feliz indicação na hiperacidez gástrica, particularmente no tratamento das úlceras gástricas, pilóricas, duodenais, acalmando rapidamente a dor.

“Os doentes que se queixam de acidez, dores, vômitos, flatulências, ficam aliviados após o uso das primeiras doses.”

Segundo o Dr. Alberto Seabra, a espinheira-santa “é indicada nas dispepsias em geral, regulariza as funções gastrointestinais e paraliza as fermentações anormais, as flatulências, etc.”.

O Dr. Aluízio França reconhece no Maiteno propriedades analgésicas, antissépticas, cicatrizantes e tônicas.

Alegam alguns autores, ainda, que esta planta é boa para o figado e os rins, cura as afecções cutâneas e tem propriedades laxantes e diuréticas.

O decocto das folhas é muito bom para lavar úlceras, feridas, etc.

Parte usada: Folhas, em infusão.

Dose: 20 gramas em 1 litro d’água; 3 a 4 xícaras por dia.

 

Referências:

BALBACH, Alfons. A flora nacional na medicina doméstica, vol.2. São Paulo: Edições Vida Plena, 11ª edição, pp. 619-621.

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