Família: Liliáceas.
Nomes populares: Erva-babosa, caraguatá.
Características: É semelhante ao ananás, porém menor que este. Suas folhas são quase triangulares, grossas, suculentas, orladas de espinhos em serrilha. Cheiro forte. Do centro sai uma vergôntea que se cobre, na parte superior, de flores amarelas, semelhantes às angélicas. Frutos ovóides, cheios de pequenas sementes.
Aplicação: As folhas, e, principalmente, seu suco, são emolientes e resolutivas, quando aplicadas topicamente sobre inflamações, queimaduras, eczemas, erisipelas, queda de cabelo, etc.
A polpa é boa para combater a oftalmia (calor-nos-olhos) e curar feridas, por isso que é anti-oftálmica e vulnerária.
A folha despida da cutícula é um supositório calmante nas retites hemorroidais.
“Como a babosa age sobre os intestinos e a matriz”, afirma o Dr. Leo Manfred, “deve ser evitado pelos que sofrem de hemorróidas e pelas gestantes, pois pode provocar aborto. É, todavia, indicado “quando as hemorróidas não correm e quando o enfermo sofre de congestão no figado e na cabeça, e, bem assim, quando necessário favorecer as regras. ”
“O aloes pulverizado”, diz o Dr. Raul O. Feijão, “usa-se em pequenas doses (0,02 a 0,15 g) como tônico estomáquico, laxativo, antelmíntico, e, em doses elevadas (0,30 a 0,60 g), como purgante e emenagogo. ”
Usados internamente, o suco e o decocto das folhas são drásticos. Não se usa, para este fim, mais que meio grama de folhas secas, em pó, ou uma colherinha, das de chá, de suco, em água.
Deve-se ter muito cuidado na aplicação interior dessa planta, pois tem forte efeito e pode provocar a nefrite. Especialmente as pessoas que têm muito sangue, as que sofrem de hemorróidas, e as mulheres grávidas, é que devem tomar muito cuidado, pois o uso interno dessa planta pode ser-lhes prejudicial. Melhor é fazer somente uso externo da mesma.
Partes usadas: Folhas, polpa e seiva.
Referências:
BALBACH, Alfons. A flora nacional na medicina doméstica, vol.2. São Paulo: Edições Vida Plena, 11ª edição, p. 487.