Família: Mirtáceas.
Nomes populares: Murta-vulgar, murta-cheirosa, mirto.
Características: Arbusto de caule erecto. Folhas pequenas, opostas, inteiras, coriáceas, de pecíolo curto e limbo oval-lanceolado, crivado de pontuações glandulares. Florezinhas alvíssimas, regulares e hermafroditas. Apresentam-se solitárias, insertas nas axilas das folhas superiores. O fruto é uma baga globulosa, azulada, com um cálice mais ou menos espesso na parte terminal. Sementes reniformes.
Aplicação: Tem várias aplicações:
“O povo usa interna ou externamente a casca dos ramos novos e as folhas, como adstringente, tônico e estimulante (atonia gastro-intestinal), e as bagas como tônicas, vulnerárias e sudoríficas. Para uso interno emprega-se o infuso da casca dos ramos ou das folhas a 30:1000… Para uso externo emprega-se o cozimento das bagas a 50:1000, (entorses, luxações, sarna, etc.).” — Dr. Raul O. Feijão.
Para tonificar o organismo e estimular as forças decaídas, o Dr. Leo Manfred recomenda duas xícaras diárias do infuso (20:1000) dessa planta.
As folhas secas, reduzidas a pó, aplicam-se, nos recém-nascidos, sobre o umbigo, após a queda do cordão umbical, quando a cicatrização parece demorar-se.
Em banhos, a murta é excelente na anemia, na neurastenia, nas enfermidades reumáticas e na elefantíase.
O infuso das folhas (30:1000) é bom lavativo na leucorréia.
Referências:
BALBACH, Alfons. A flora nacional na medicina doméstica, vol.2. São Paulo: Edições Vida Plena, 11ª edição, pp. 728-729.