CHAPÉU-DE-COURO (Echinodorus macrophyllus)

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Pétrick Gouvêa
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Família: Alismatáceas.

Nomes populares: Chá-mineiro, chá-da-campanha, erva-do-brejo, erva-do-pântano.

Características: Planta herbácea. Folhas grandes.

Habitat: Nas margens dos rios, lagos e pântanos, em S. Paulo, Minas, Mato Grosso e outros Estados.

Aplicação: Tem aplicação, com bons resultados, nos casos de: ácido úrico, artritismo, catarros das vias urinárias, dermatoses, edemas, erupções cutâneas, gota, hidropisia, impurezas do sangue, ingurgitação do fígado, litíase, nefrite, nevralgia, reumatismo, sífilis. É também diurético e levemente laxativo.

Diz um médico com respeito ao chapéu-de-couro:

“O seu emprego é útil no reumatismo crônico, nas dermites diversas ou moléstias da pele, quer simples, quer específicas. O indivíduo que usa o chapéu-de-couro adquire uma pele fina, sedosa, sem nenhuma excrescência; combate perfeitamente toda e qualquer moléstia da pele. É um poderoso diurético. Tenho curado velhos de reumatismo (65 anos) só com o cozimento desta planta. O chá é agradável, somente um pouco amargo. Usa-se como mate e nas mesmas proporções. Pode-se torrar as folhas em estufa e toma-se em chá, à vontade. Tendo sido dada uma notícia no Jornal do Comércio” sobre esta planta, muitas pessoas mineiras e soldados procuravam e pediam remoção para várias cidades do sul de Minas, onde sabiam existir abundância do chapéu-de-couro. E a maioria obtinha melhoras francas ao iniciar O tratamento pela ativa planta dos sapais. Em Águas Virtuosas do Lambari existia um pântano cheio de chapéu-de-couro, mas os doentes em pouco tempo acabaram com ele e foram exportados sacos de folha para diversos pontos. Os doentes sentem-se bem, voltando-lhes de novo o vigor e a atividade. Sentem-se com ânimo e coragem para de novo entrar na luta pela vida.”

Parte usada: Folhas.

Dose: 20 gramas para 1 litro de água; 4 a 5 xícaras por dia.

 

Referências:

BALBACH, Alfons. A flora nacional na medicina doméstica, vol.2. São Paulo: Edições Vida Plena, 11ª edição, p. 566.

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