CASCA-DE-ANTA (Drimys Winteri)

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Pétrick Gouvêa
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CASCA-DE-ANTA

Família: Magnoliáceas.

Nomes populares: Para-tudo (São Paulo, Minas), melambó ou malambó (Amazonas), caá-pororoca (Norte), caataia, canela-amarga, capororoca-picante, carne-de-anta, cataia, pau-para-tudo.

Características: Árvore pequena. Folhas alternas, persistentes, sem estípulas, oblongas, obtusas, glaucas na superfície inferior. Flores hermafroditas, esbranquiçadas, grandes, solitárias ou reunidas em pencas de três ou quatro, nas pontas dos ramos. Fruto: baga globulosa, glabra, do tamanho de uma ervilha.

O Drimys granatensis deve, segundo Lanessan (Botanique Médicale), ser considerado como uma variedade do Drimys Winteri, e não como uma espécie distinta.

Aplicação: A casca é excelente remédio contra desarranjos do estômago (dispepsias, falta de apetite, flatulências, gastralgias, etc.), catarros crônicos, atonia intestinal, disenterias, vômitos rebeldes, cólicas, anemia, fraqueza geral, febres.

A história do aplicação dessa planta é muito interessante e curiosa, Seu nome “casca-de-anta” — afirma o cabloco — lhe adveio do fato de que, antes de ser conhecida pelo homem, a anta já a procurava, coçando-se nela ou roendo-lhe a casca.

“Ela é poderosa”, diz F. C. Hoehne, “para combater moléstias do estômago e febres intermitentes. Sempre a empregam com resultado onde os recursos da Medicina oficial falham, porque, dizem, ela é “para-tudo’, e, usada fresca e com critério, realmente resolve muitos casos por ser extremamente tonificante do organismo, que por si assim pode reagir. Ela substitui bem o quinino e não provoca as perturbações que o mesmo produz em quem o ingere por longo tempo e em dose exagerada.”

A casca dessa planta, diz Lanessan, “goza de propriedades tônicas e estimulantes mui pronunciadas, análogas às da canela-de-ceilão… é muito adstringente.”

Parte usada: Casca, em decocção.

Dose: 20 gramas para 1 litro de água; 4 a 5 xícaras por dia.

 

Referências:

BALBACH, Alfons. A flora nacional na medicina doméstica, vol.2. São Paulo: Edições Vida Plena, 11ª edição, p. 551.

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