AROEIRA (Schinus terebinthifolius, Schinus antarthritica, Schinus aroeira)

Editado por

Picture of Pétrick Gouvêa
Pétrick Gouvêa
Designer
AROEIRA, Schinus terebinthifolius, Schinus antarthritica, Schinus aroeira (Foto: Wikimedia commons)
Foto: Wikimedia commons

Família: Anacardiáceas.

Nomes populares: Aroeira-mansa, aroeira-vermelha, araguaraíba, corneíba, cambuí, fruto-de-sabiá.

Características: Árvore pequena. Ramos foliosos, mais ou menos empubescidos. Folhas compostas, imparipenadas. Folíolos (2 a 7 pares) sésseis, oblongos, serreados. Inflorescência em panículas terminais. Frutos globulosos, avermelhados, pequenos.

Aplicação: A aroeira é boa para combater as febres, o reumatismo e a sífilis.

Os homeopatas aconselham esta planta nos casos de atonia muscular, distensão dos tendões, artrite, reumatismo, fraqueza dos órgãos digestivos, tumores.

Emprega-se empiricamente, em fomentações, para combater afecções reumáticas e tumores linfáticos.

As folhas são dotadas de propriedades balsâmicas, pelo que se usam para curar úlceras.

Devido aos seus efeitos adstringentes, as cascas são contra a diarréia e as hemoptises. Usam-se 100 gramas para 1 litro de água. Pode adoçar-se com açúcar. Tomam-se 3 a 4 colheres, das de sopa, ao dia.

Aplica-se também contra a ciática, a gota e o reumatismo. Prepara-se um cozimento na proporção de 25 gramas de cascas para 1 litro de água. Toma-se diariamente um banho de 15 minutos, tão quente como se possa suportar.

A aroeira de que aqui estamos falando, não deve ser confundida com as aroeiras bravas ou aroeiras brancas, entre as quais se destaca a Lithraea molleoides. Estas são extremamente cáusticas. O simples cheiro das mesmas, ou as partículas que delas se desprendem ao serem cortadas, a seiva ou a madeira seca, ou mesmo a terra em que crescem suas raízes podem causar uma afecção cutânea semelhante à urticária, edema ou eritema. Para estes casos, as lavagens com o decocto das folhas da aroeira mansa são um remédio eficaz.

Estas lavagens são boas também contra a erisipela e outras moléstias provocadas por bactérias e que se manifestam em forma de edema ou eritema.

Há também outras espécies de aroeiras mansas: a Schinus weinmanniafolius, conhecida pelos nomes populares de aroeira-rasteira, aroeira do campo, almecegueira e lentisco; a Schinus molle, popularmente conhecida por aroeira, aroeira mole; e outras. Prestam-se para os mesmos fins curativos.

 

Referências:

BALBACH, Alfons. A flora nacional na medicina doméstica, vol.2. São Paulo: Edições Vida Plena, 11ª edição, p. 472.

Compartilhamento: